terça-feira, setembro 05, 2006

O Homem e o Poder

''Só a raça humana tolera os inadaptados.''

Charles Darwin (Shewsbury, Shropshire, 1809 - Down, Kent, 1882)


Na história da humanidade o Homem sempre se considerou o ser perfeito.
Nada mais errado. Lendo um pouco dos entendidos que tinham tempo para pesquisar sobre estas coisas, e que já desapareceram da face da terra há muito tempo, o bicho-homem (civilizado) é dos animais aquele que mais se desenquadra da Mãe-Natureza. Por isso sente necessidade de conquistar território e dominar os mais fracotes duma forma anti-natura. De ser um predador que finge capacidades que não tem.

Os leões e os gatos mijam nos arredores do seu espaço para afirmarem que “Aqui ninguém entra, ou temos sarrabulho!”.
O Homem não. Mija em locais onde se estadia e utensílios feitos a propósito. Daí, a forma de se afirmar ser diferente.
Nos tempos idos da era do fogo, do ferro e do bronze, optava pela força bruta e demonstrações de poder em sonoridades que nada tinha a ver com inglês, português ou castelhano. Sempre era uma forma de os mais fortes sobreviverem quando ainda não tinham descoberto o sal para temperar a carne crua das vítimas que fazia. Inclusivamente, para a continuação de uma espécie assim, as fêmeas só procriavam com os mais desenrascados, seguindo o natural curso dessa casta.

Hoje já não é assim. A vivência gregária originou outra aposta na conquista do território e na afirmação do próprio ego. Pode apontar-se na actualidade os casos da luta pelo poder das classes judiciais ou do foro desportivo por um poder desmedido e sem tréguas.
De todas as formas de sociedade, estas são as únicas semelhanças em que tanto se vive aí como aqui. Uma forma vergonhosa de afirmação que sempre contestei.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

muito bom, Zé. O sapiens sapiens é burro e convencido, o Darwin enfatizou apenas um lado das coisas e morreu muito atormentado, coitado. Vinha da tradição do Malthus, lúcido mas trágico.

Aquela gente nunca ouviu as estórias de cadelas que alimentam crias de tigre, de leoas que criam gazelas bébé e depois as deixam partir; eu conheci um tipo que tinha uma cadela muito "feiosa" mistura de boxer com Leão da Rodésia, que claro que tinha uma paixão pelo dono. Então o rapaz apanhou um gatinho abandonado na rua e a cadela, que nunca tinha tido filhotes, fez leite para alimentar o gatinho e educou-o e treinou-o a lutar; tornou-se o gato mais f*dilhão de todo o bairro (mas depois morreu de uma sida dos gatos...).

E há muitas outras estórias. Agora com a revolução digital vai andar tudo no ar.

boas,

py

2:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Somos sem duvida um animal estranho...

E cada vez mais, temos de acreditar num ser divino, afinal..


Conseguirmos sobreviver e não nos auto extinguirmos, só pode ser milagre.....

LRenee

9:56 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Mais para quê, a verdade como ela é - simples.
O criador pouco consciente e descentrado, movido pelo medo, esse é o ser humano na trilha peregrina pelo seu lugar nas estrelas.

11:24 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Mais para quê, a verdade como ela é - simples.
O criador pouco consciente e descentrado, movido pelo medo, esse é o ser humano na trilha peregrina pelo seu lugar nas estrelas.

11:24 da manhã  

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