quarta-feira, março 28, 2007

Mundo Novo



Para quem não saiba, e com as novas tecnologias aliadas à Reforma do Sistema Prisional, estamos numa situação privilegiada na observação do que se passa no mundo. Ao contrário do que aconteceu neste Palacete em 1949 com Álvaro Cunhal, e que ainda é lugar de culto para alguns de nós, temos acesso a quase tudo o que diz respeito à evolução ou retrocesso da sociedade em que se vive.

Para além das normas técnicas (regras, segurança, usos e costumes que temos que respeitar) aqui só não aprende e refaz a sua vida quem não quer. Digo eu, porque estou para aí virado. No entanto, como em outro qualquer lugar deste país pequeno e mesquinho, existem sempre os inviáveis. Os non sense no pior sentido do termo.
Por outro lado, pode custar a acreditar mas, literalmente falando pela escrita, há aqui gajos que possuem qualidades que envergonhariam algumas pessoas bem colocadas na vida. Há de tudo um pouco; poetas, pintores, exímios jogadores da bola e bons profissionais das artes e ofícios que vamos tendo por aqui. Artistas de teatro e da canção, estudiosos, arrependidos, líricos e românticos, poliglotas. Não sei onde me encaixo, mas isto é o lado bom.

O lado pior é os irreversíveis, os descartáveis. Os que não se coadunam, ou que nunca aprenderam a fazê-lo. Os miseráveis vitorianos. No entanto, sempre os defenderemos. Por uma questão de solidariedade e código de honra, até que nos queiram lixar.
Mas parece-me que se poderia fazer mais e melhor no que concerne ao próprio Sistema Prisional e recuperar o maior número de reclusos para a normalização da sua própria actividade social como ser humano.
Depois de quase trinta e três anos de democracia, com total abertura na aprendizagem das melhores reformas que na efeméride dos cinquenta anos a Europa tem desenvolvido, o Tratado de Roma aponta para que sejamos todos berlinenses. Enriquecida com a carga adicional que a mensagem traduz.

Mas da agenda na Unter den Linden, estavam as divisões europeias, o mercado interno, os compromissos para uma Europa mais forte, o euro. Tudo referenciado para um esforço que só irá fortalecer os mais fortes e enfraquecer cada vez mais os mais fracos, esquecendo uma vez mais que os problemas da humanidade só se resolvem humanizando-se a própria sociedade.

E nós, mesmo limitados ao espaço Schengen, quer se queira ou não, fazemos parte dela.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

olhem uma divertida :))

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=236496&idselect=21&idCanal=21&p=200

py

10:41 da tarde  

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