Amor atrás das grades
(passa hoje à noite na RTP, numa reportagem de Alberto Serra)
Já explicámos aqui que para além do delinquente, considerado na generalidade bronco e duro, existe um amontoado de afectos e sensibilidades dentro do seu peito que passam ao lado dos olhares comuns. Para além deste caso, que logo mais será conhecido, sabemos de outros com outras nuances que deram resultado e fazem a parte boa das memórias que nos ficam do cárcere.
Provavelmente, como todas as reportagens realizadas por gente alheia e externa ao fenómeno das prisões, conterá algumas inexactidões ou defeitos profissionais por arrastamento. Mas estará muito próximo da realidade dos casos que conhecemos.
Fica o apontamento. Depois gostaríamos de saber a sua opinião. Pode ser que ajude os mais novos a não desistir tão facilmente das oportunidades que nos restam quando vos lerem, e possam acreditar que um dia também podem aspirar a uma vida normal.
É que ao contrário do que se possa supor ou pensar, também existe amor e vida para aquém destas grades de aço maciço.
Obrigado
Já explicámos aqui que para além do delinquente, considerado na generalidade bronco e duro, existe um amontoado de afectos e sensibilidades dentro do seu peito que passam ao lado dos olhares comuns. Para além deste caso, que logo mais será conhecido, sabemos de outros com outras nuances que deram resultado e fazem a parte boa das memórias que nos ficam do cárcere.
Provavelmente, como todas as reportagens realizadas por gente alheia e externa ao fenómeno das prisões, conterá algumas inexactidões ou defeitos profissionais por arrastamento. Mas estará muito próximo da realidade dos casos que conhecemos.
Fica o apontamento. Depois gostaríamos de saber a sua opinião. Pode ser que ajude os mais novos a não desistir tão facilmente das oportunidades que nos restam quando vos lerem, e possam acreditar que um dia também podem aspirar a uma vida normal.
É que ao contrário do que se possa supor ou pensar, também existe amor e vida para aquém destas grades de aço maciço.
Obrigado
4 Comments:
Não sei como aqui vim parar, mas também não interessa.
Neste momento estou a ouvir a Grande Amália, que deixaste algures aí num post e que a minha curiosidade feminina me levou a abrir.
"Povo que lavas no rio, que talhas com o teu machado as tábuas do teu caixão..." diz "ela, na sua voz misteriosa...
Sei que voltarei aqui... gostei deste espaço, com ou sem grades...é um espaço de Liberdade.
Um abraço e fica bem ;)
Eu vi a reportagem. Emocionou-me. Garanto-vos que o carinho e o amor que se viu naquele casal é provalvelmente maoir e quem sabe mais forte que muito amor que é vivido em liberdade. O cuidar do outro, as meiguices que se levam em objectos tão banais como um lenço, o querer agradar tanto naquela visita mensal bate aos pontos relações que conheço e que são vividas todos os dias de cada mês...
Apesar da contrariedades da vida e do sufoco que deve ser estarmos privados de liberdade quantos de nós não dariam muito para viver uma história de amor assim?
R.
Eu também acho que "existe amor e vida para aquém destas grades de aço maciço". Mas não é porque o escreves. É porque se sente.
Zé, por razões profissionais, não me foi possível assistir.
Mas já sei que vão repetir o programa dia 17 ou coisa assim, na RTP N.
Relativamente ao assunto, sei por experiência própria que o Amor é um sentimento que não se disciplina, mesmo que se possa retrair.
Para além do caso, reparei que já conhecias, conheço outros entre deficientes motores, cegos, alcoólicos recuperados e indivíduos que passaram de sem-abrigo a pessoas com a vida estabilizada.
Inerente à actividade social que já exerci sobre a matéria, para muitos daqueles casos serão necessárias algumas ajudas especiais.
Calculo que no caso que passou na televisão apenas possa haver boa-vontade dos responsáveis prisionais. Porque quando se ama, não há grades que resistam e faz de todos nós gente melhor.
Os mais novos daí que saibam disso.
Um abraço para a malta,
do saddam, o dos fados
Zé,
Reportagem 5 Estrelas...
Obrigado por teres avisado.
Estranho numa terra estranha...
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