terça-feira, janeiro 30, 2007

Sim ou sopas



“Concorda com a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”


Mais do que em nenhuma franja da sociedade portuguesa, somos nós, arrecadados por outros delitos, que mais lidamos de perto com o aborto. A sério. Em cada cinco de nós, existem quatro que quer a mãe, a namorada, a esposa ou companheira, o fizeram.
Poderá talvez dizer-se que foram motivados por falta de guito, último recurso, e será honesto referir que muitos deles são filhos de uma miséria extrema onde os cuidados a ter nem sempre chegam a todos as casas.

Oficialmente a campanha inicia-se hoje, mas há bastante tempo que os Movimentos trocam mimos.
Pessoalmente, mesmo que aliado a uma grande dose de ignorância na matéria nos termos científicos da questão, permito-me perceber que o Sim será a resposta mais adequada. Assim como uma espécie de intuição ou sexto sentido.
Quase só pelo facto de saber quem defende o Não.

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Zé ,assino por baixo do seu post

Carlota Joaquina

12:36 da tarde  
Blogger Joaquim E. Oliveira said...

É verdade. Atendendo apenas aos nomes de algumas das figurinhas que defendem o NÃO tem-se mais que motivos para se votar o contrário. Para além disso, num debate que se quer aberto e franco, os defensores do NÃO não se prestam, sequer, a aceitar o argumento de que o que está em causa é a despenalização até a um dado limite temporal. Optam por argumentar que o cerne da questão é "Estás contra ou a favor do aborto".
Um abraço cordial

3:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

eu defendo o não. quem sou eu? ou o que sou eu?
pelos vistos conheces-me...
no final de contas, quem é aqui o preconceituoso?

6:19 da tarde  
Blogger Deva said...

Tu és alguém que se esconde sob o anonimato. Acho que isso está de acordo com a defesa do não...és coerente, portanto.

8:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Zé, não podia estar mais de acordo.
Por muitos argumentos que os gajos do Não tenham, convém salientar que o que se pergunta é de uma simplicidade tão extrema que por vezes apetece perguntar porque é que não vão levar nos entrefolhos?

Desculpa a malcriadez na linguagem, mas os fadistas de bairro são assim. Tu entendes.

Um abraço para a rapaziada do,

saddam, o dos fados

11:50 da tarde  
Blogger AB said...

lol... a coisa mais absurda que ouvi em defesa do não foi algo semelhante a "proibir o aborto é conveniente para a economia..." pois... mais gente... condições de vida precárias e mais famílias desfuncionais= mais mão de obra barata... pfff.. um argumento de vómitos... Sou profissional de saúde.. defendo a vida.. mas defendo acima de tudo q todo o ser humano merece nascer numa família q o deseje e onde receba amor e cuidados... e defendo q nenhuma mulher deve ser tratada como uma criminosa simplesmente pq pondera não ter filhos naquele momento da sua vida. Alem do mais.. como profissional de saúde sei q mtos abortos "clandestinos" ocorrem por pressões familiares... pfff.... e são estas mulheres desesperadas consideradas as criminosas? pfff... q ajuda têm estas mulheres se toda a gente lhes vira as costas?

12:57 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A coisa mais absurda que já ouvi e li é que ainda há pessoas no século XXI que acham normal, acabar com uma vida humana. Às 10 semanas já bate o coração do feto! E isto é um facto. não uma campanha de sensibilização! Toda a gente devia saber que já há um coração que se ouve nas ecografias, que bate como o nosso! Quem é uma simples mulher para decidir que pode acabar com a vida de um feto? pelo facto do fecto crescer dentro da mulher, ela tem o poder de acabar com essa vida? sem ser aconselhada, ou avaliada psicológicamente? vá lá pessoal.. temos de ser humanos..

12:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não acham que pelo facto de crescer dentro dela, essa mulher tem que ter responsabilidades acrescidas em relação a outra vida e não uma aceitação da sociedade depois de matar alguém? Aí é que está.. para vocês aquele feto, não é ninguém..

12:30 da tarde  
Blogger Zé "Prisas" Amaral said...

É complicado para mim explicar tim-tim por tim-tim a tendência da maioria para o Sim. Uma coisa me parece certa: saber das explicações que aqui são dadas permite-nos saber mais detalhes sobre o que separam as duas correntes.

E por isso, ficamos gratos.
A todos.

12:50 da tarde  
Blogger david santos said...

Olá!
Grande texto. Podes nunca ter estado lá dentro, mas eu gramei lá ainda uns bons anos por ser honesto e firme.
Parabéns.

7:16 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

É das questões mais delicadas, esta do aborto. Mas pensemos.
Aqueles a favor do sim proclamam "a mulher tem de ser livre para decidir se quer ter o filho." Eu concordo. No entanto, por esta altura, já todos ouvimos falar de preservativos, pilulas, quinhentos métodos contraceptivos diferentes e só engravida quem quer! nos casos em que a mulher é violada, nos casos em que a sua saúde, ou a do bébe, estão em risco, a lei já permite o aborto. O que está em causa neste referendo é: Vamos permitir que um estado apoie a morte de várias vidas humanas, sem sequer ser necessária uma consulta ou avaliação psicológica de quem decide abortar? a vida do feto não pertence à mulher. É outra vida, não a sua (da mulher) que está em questão! A liberdade de um acaba onde começa a liberdade dos outros! Às 10 semanas de gestação, há uma vida humana! quem aqui é capaz de dizer que aceita um assassinato? Vamos educar toda a gente e oferecer preservativos em todas as esquinas. Não vamos remediar coisas que são tão facilmente evitaveis.. Tenho 23 anos. Não tenho filhos porque não quero. É muito muito dificil ter um filho quando não se quer e quando se tem cuidado. Por favor, a sociedade está cada vez mais doente. Por favor, votem não. Evitem a continuação desta degradação social.

5:02 da manhã  
Blogger peace_love said...

A campanha do não está a ser uma palhaçada...
Bom fim de semana e obrigada por passares lá no meu cantinho!

11:42 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home