As putas das seringas
“A Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida (CNI) anunciou que os kits do programa de troca de seringas vão passar a incluir dois novos utensílios: recipientes e carteiras de ácido cítrico, que quando partilhados podem transmitir doenças como o VIH/sida ou a hepatite C.”
Diário Digital
“O programa de troca de seringas, se aplicado nas cadeias portuguesas entre 1993 e 2001, teria evitado cerca de 650 novas infecções por VIH/Sida e o Estado teria poupado 177 milhões de euros.”
JN
“Lisboa, Paços de Ferreira (estes primeiro), Faro e Montijo. São estes os quatro estabelecimentos prisionais que vão ser palco da experiência-piloto de troca automática de seringas.”
DN
Ora bem, o programa “Diz não a uma seringa em segunda mão”, que será aplicado a partir do dia 24 deste mês a título experimental no nosso Palacete, conjuntamente com o EP de Paços de Ferreira, visa evitar a contaminação e a propagação de doenças infecto-contagiosas, como a VIH/Sida e a hepatite C no meio prisional. Mas isto vai dar bronca.
Primeiro, porque os senhores de fatos caros e discursos bem falantes, desconhecem na totalidade o modo como se vai processar a distribuição e em que condições que o CNI tem em relatório. Além disso, os gajos novos que vêm aqui parar já trazem a receita no curriculum satisfatoriamente particular e não tenho conhecimento que haja resultados optimistas aí por fora que nos faça pensar que se está no bom caminho.
Longe de mim pensar que o ministro é saloio ou duvidar que os exemplos que vêm de fora possam ser ajustáveis às nossas realidades, porque por outro lado, os guardas prisionais com quem a gente lida mais de perto, já fizeram saber que não concordam com a implementação deste Programa sem que haja um debate a nível nacional, por especialistas no assunto, que garantam a eles próprios uma segurança acrescida e conhecer o modo como se trata do assunto em Espanha, Alemanha ou Suiça, onde já se pratica essa treta desde 2003 para que se saiba o que estamos a falar.
E aí, já mete outro ministério ao barulho.
E aos gajos que necessitam dessas merdas, vão-lhes injectar o quê? Metadona, cocaína pura, um bagacinho lá da terra? Há aqui qualquer coisa que não entendo. Então nós que temos um programa interno de desintoxicação, acompanhamento psiquiátrico, ajudas de reintegração e o diabo a sete que, mesmo assim, não custam os treze milhões de euros que vão gastar em Monsanto, vamos passar a usar seringas autorizadas?
Epá, metam estes gajos todos que cometeram crimes por estarem "agarrados" àquilo que faz rir em liberdade, e deixem-me criar aqui cavalos, galinhas e outras aves raras, que me acordam de manhã cedo dos pesadelos que qualquer um tem numa vida normal.
Prometo que ofereço mais que os 60 milhões da venda à Parpública com que o governo fechou negócio com a "minha casa". É só uma questão de ter a chance de ser o Alves dos Reis do século XXI.
7 Comments:
Sei do que falas, já passei algum tempo desse lado, nao agarrada ás putas das seringas mas numa casa igual á tua, só a localização muda (Tires) porque os gajos são todos iguais, falam falam mas nao sabem (nem querem saber) a realidade que se passa por detrás dos muros, das dificuldades vividas pelos reclusos e do seu sofrimento.HIPÓCRITAS
Também por aí há gente a tomar medidas sem saber ao certo o que se passa na realidade.
Tal como na Educação...
zé, estando tu aí econhecendo bem a casa e este problema como resolverias tu esta questão? apresenta aqui uma moção. peço isto porque me pergunto muitas vezes como a resolveria eu.
Operações de "cosmética" política... desenquadradas, pouco preparadas e nada reflectidas. Não é só na àrea da justiça. É por todo o lado. Infelizmente.
Então? sai tudo e v. ainda aí está?
":O))
O melhor era distribuir cá fora o kit completo com o pó e tudo para que a malta não tivesse que cometer crimes para o arranjar. Assim não iam parar aí dentro por causa disso.
Acabava-se o crime relacionado com o tráfico, nomeadamente, assaltos e roubos e receptação.
O melhor mesmo era distribuir dinheiro ou empregos bem pagos. Então é que não havia necessidade de roubos, assaltos, etc. Isso é que era!
Tony
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