Testemunhos (6)
Leio algures, com a alma pungente de frustração, que os lenços brancos ontem mostrados na Luz, (sou benfiquista) são sinais dos tempos que correm. Como diz Fernando Alves, que ouvimos atenciosamente todos os dias, existe uma paradoxal fantasia deste povo português no que toca aos nossos heróis e mártires. Coisas que a História nos conta. Coisas da alma de quem se encontra constrangido. Amaro e sôfrego, por uma vida que nos vai passando ao lado. Adjacente ao sacrifício de todas as horas. De todos os momentos em que se ouvem sons de portas por abrir.
Tal como qualquer pessoa que viva de emoções, também nós acartamos o fardo pardo dos nossos próprios dias. Talvez cinzentos ou de agonias. Talvez berrantes, como aquelas vozes e assobios, onde a cor que mais a vista fere, se confessa.
Tal como cá, aí por fora as coisas não andam melhores. Pouco importa sol ou sombra. Camarotes de onde nos olham engenheiros e doutores. Garrotes que nos atam as mãos e a vida do arrependimento que gostaríamos de libertar e de levar.
Mas não se pode voltar atrás neste impressivo jogo!
Aos lenços brancos de despedida, nem Grécia e Tróia se pouparam. E apupos e assobios servem-se neste cárcere como sobremesa. Na rivalidade existente onde, pelo menos, se choquem dois ser humanos. Dois destinos diferentes na maneira de ser e de estar. De pensar, até.
E a vida não passa de um mero jogo de dualidades que se quer sempre vencer. Mesmo que não saibamos as regras.
Victor d’Alzira (Galinheiras City), condenado a quinze anos e seis meses que, diz ele, abusou do sumo de maçã ontem à noite.
Tal como qualquer pessoa que viva de emoções, também nós acartamos o fardo pardo dos nossos próprios dias. Talvez cinzentos ou de agonias. Talvez berrantes, como aquelas vozes e assobios, onde a cor que mais a vista fere, se confessa.
Tal como cá, aí por fora as coisas não andam melhores. Pouco importa sol ou sombra. Camarotes de onde nos olham engenheiros e doutores. Garrotes que nos atam as mãos e a vida do arrependimento que gostaríamos de libertar e de levar.
Mas não se pode voltar atrás neste impressivo jogo!
Aos lenços brancos de despedida, nem Grécia e Tróia se pouparam. E apupos e assobios servem-se neste cárcere como sobremesa. Na rivalidade existente onde, pelo menos, se choquem dois ser humanos. Dois destinos diferentes na maneira de ser e de estar. De pensar, até.
E a vida não passa de um mero jogo de dualidades que se quer sempre vencer. Mesmo que não saibamos as regras.
Victor d’Alzira (Galinheiras City), condenado a quinze anos e seis meses que, diz ele, abusou do sumo de maçã ontem à noite.
2 Comments:
É a vida que temos. As emoções que vivemos, e a cor clubística por quem torcemos.
As regras é que são fatais. Quase ninguém as cumpre.
Bem vindo ao clube Benfiquista. :-)
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