domingo, fevereiro 04, 2007



Para além das forças de segurança ou paramilitares no estrangeiro, desportistas de alta competição em provas internacionais e pessoal das embaixadas e consulados, fomos nós a estrear em Lisboa as urnas de voto sobre o referendo.
O representante do presidente da Câmara Municipal, António Proa, dignou-se cá vir buscar os nossos quatro papéis.
E a juntar aos dois dos gajos que estão internados no Hospital de S. José e mais um do Estabelecimento Prisional de Monsanto, fomos sete a usufruir de um estatuto quase “privilegiado” que esta lei permite.

Mas num universo de mais de mil meliantes arrecadados nesta zona, os resultados não são encorajadores para qualquer dos lados. Segundo noticiava um jornal gratuito, a abstenção ronda quase os cem por cento e, pasme-se, nem sequer as mulheres em regime de reclusão votaram (Tires e S. João de Deus).

Podem extrair-se demasiadas explicações filosóficas, psicológicas, antropófagas, para a tendência que se tem acentuado desde 2002 dos reclusos portugueses no dar voz ao direito de cidadania. Quer para as autárquicas, legislativas ou presidenciais. Mas há uma que é subjacente, e em que medito constantemente por ser da praxe: todos os bandidos costumam desconfiar uns dos outros.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

incrível! Bem, deixa estar, ao menos é o número de cores do arco-íris.

abraço

py

2:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O post ta muito bom!! Gostei!
Ja agora consultem http://arevoltadospetroleiros.blogspot.com

6:42 da tarde  
Blogger Samuel Filipe said...

Passo por cá algumas vezes, mas hoje deixo mesmo um abraço.

2:43 da manhã  
Blogger Rui Curado Silva said...

Votaste?

12:07 da manhã  
Blogger Zé "Prisas" Amaral said...

Py, Pedro, Samuel e Rui, gratos por terem vindo. Ainda estamos em fase de aprendizagem no lidar com a caixa dos comentários mas é sempre agradável para esta malta saber que passam por aqui.
Tentaremos ser recíprocos.

Neste momento está todo o grupo a acenar, subscrevendo o abraço que vos deixamos.

10:12 da tarde  

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