segunda-feira, maio 14, 2007


Brasília

Decorreu este fim-de-semana em Brasília o Seminário Nacional pela Educação nas Prisões. Marc De Maeyer, observador da UNESCO, referiu em dada altura na notícia a que tivemos acesso que "a educação é um instrumento para escolhas, para as pessoas poderem mudar as suas atitudes". Segundo ele, “não se trata apenas de ensinar o preso a ler e a escrever, mas de levar a educação para o quotidiano”.

O pesquisador da Unesco lembrou também que cabe à sociedade pensar e ajudar a inserir novamente essas pessoas. E lamentou a falta de informações exactas sobre a realidade nas prisões. "Dos formulários enviados para vários países na tentativa de inventariar e destacar as principais dificuldades na área de educação, recebemos apenas 80 respostas", informou.

Já Hugo Rangel, um canadiano representante do Observatório Internacional de Educação nas Prisões, refere que a educação pode melhorar o nível de vida dos presos na medida em que quanto mais e melhor educados formos melhores cidadãos nos tornamos. Acredito que estas ideias sejam seguras e possam dar frutos. Mas a realidade dos problemas com que as prisões dos 27 estados brasileiros se debatem limitam o esforço destas entidades internacionais.

Comparando um pouco com o que se passa nas nossas, lá como cá, há falta de meios estruturais, escassez de recursos humanos e vontade. Está tudo teso e, lá como cá, só alguma carolice dos bons samaritanos vai fazendo alguns progressos.
Se me perguntarem se tenho ideias quanto ao assunto, tenho sim senhor. E no meio destes textos que a malta vai escrevendo por aqui, estarão algumas em estado avulso.

Mas eu não sou doutor nem engenheiro, e tão pouco possuo a pasta da Justiça. No entanto, já melhoramos algumas coisas à revelia. Porquê? Porque a política de educação neste Palacete também passa por nós. Questões de segurança interna impedem que relatemos os progressos e a disponibilidade sempre presente do nosso Director, mas posso adiantar que, à medida que o tempo de clausura vai passando, estamos a tornar-nos melhores cidadãos. Também muito por “culpa” da receptividade e impulso que a rapaziada que vai passando pelo blogue nos dá.
Acho que não podemos pedir mais.

2 Comments:

Blogger Miguel Horta said...

Gostei do texto...

10:13 da tarde  
Blogger Bigmac said...

Ok!

4:40 da manhã  

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