terça-feira, janeiro 30, 2007

Sim ou sopas



“Concorda com a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”


Mais do que em nenhuma franja da sociedade portuguesa, somos nós, arrecadados por outros delitos, que mais lidamos de perto com o aborto. A sério. Em cada cinco de nós, existem quatro que quer a mãe, a namorada, a esposa ou companheira, o fizeram.
Poderá talvez dizer-se que foram motivados por falta de guito, último recurso, e será honesto referir que muitos deles são filhos de uma miséria extrema onde os cuidados a ter nem sempre chegam a todos as casas.

Oficialmente a campanha inicia-se hoje, mas há bastante tempo que os Movimentos trocam mimos.
Pessoalmente, mesmo que aliado a uma grande dose de ignorância na matéria nos termos científicos da questão, permito-me perceber que o Sim será a resposta mais adequada. Assim como uma espécie de intuição ou sexto sentido.
Quase só pelo facto de saber quem defende o Não.

domingo, janeiro 28, 2007

Educar para a liberdade



Tentando fazer-me parvo um pouco menos do que realmente sou, considero que a sociedade portuguesa está em baixo. Os números da criminalidade, infelizmente, continuam a subir e os cães abandonados já ultrapassam o considerável. No resto do mundo, a coisa não está melhor e os assistentes sociais que se interessam pelas vidas reais cada vez são menos.

Segundo me lembro dos meus tempos de miúdo, a malta copiava sempre os exemplos dos nossos ídolos mais sofistificados ou mais simples. Fossem eles Maradonas, os tipos que se levantavam às cinco da matina para nos dar pão fresco, Rambos ou Michael’s Moore. Por aqui passa-se o mesmo. E, passe o exagero, “admiramos” aqueles que fazem, ou fizeram, os melhores assaltos, os melhores “trabalhinhos”, ou outros tantos que conseguiram enganar não meio-mundo, mas o sistema inteiro. E temos inquilinos por aqui que preenchem todos esses requisitos. Não descurando os políticos que geram a governação do país, por serem ainda mais exímios, e que ainda aqui não vieram parar.

Os exemplos que temos hoje em dia dão razão à maioria do pessoal que resolveu ter predisposição para delitos que constam dos seus próprios processos. Os Bush’s que decidem a forma de estar na vida, o compromisso de Davos e outras Carolinas das nossas esquinas escondidas, apenas atrapalham o raciocínio. Já os felinos potegidos parecem ter a vida facilitada quando se iniciam nos primeiros saltos, e nem precisam de saber que o nosso programa de TV favorito é Prision Break, ou que apoiamos o Sim no referendo que se aproxima.
Depois d’Abril, quer se queira ou não - onde somos legítimos herdeiros - ainda me parece que falta um apêndice à “Revolução”: educar para a liberdade. Mas é apenas um bitaite que me ocorreu. Momentaneamente.

Agora vou verificar como ficaram os semblantes dos que ficaram sem visitas. Dos que têm casos pendentes no Procurador, e de todos quantos me pedem para os ajudar a perceber porque será que este país só tem teóricos à frente das coisas que se podem resolver em menos de três tempos.

Também saber do que outros escreveram, publicaram, relatam ou cantam, também faz jeito. Estaremos sempre presos a isso.

sexta-feira, janeiro 26, 2007


Foto Jornal Digital

Breves

* No Estabelecimento Prisional de Sintra foi na quarta-feira apresentado um projecto: “Rumos de futuro”. (link)

* “Casos isolados” de violência policial foram objecto de investigação no Conselho da Europa. (link)


Lendo com olhos de ver estas duas notícias, não é fácil ser imparcial. À vista desarmada, as cataratas nos olhos já cansados dos tipos mais batidos nestas andanças, começam a coçar-se na posição tomada pelo Comité Anti-Tortura. Numa derradeira tentativa de separar o trigo do joio, não consigo evitar um ligeiro sorriso pela primeira e um esgar nervoso pela segunda. É complicado.

De algum tempo que levo na companhia de quem nunca vi mais gordo anteriormente, afeiçoei-me ao banditismo de nível mais geral contra a prepotência das forças de segurança, e é sabido que a maior parte dos policiais nunca morreu de amores pelos maus-da-fita. O mesmo acontece se invertermos os predicados, adjectivos, e alguns complementos mais directos.

Tentando observar toda esta vida de cárcere de um ângulo mais longínquo, chego à conclusão que polícias e ladrões continuarão a ser o Benfica-Sporting das ruas mal-afamadas, o rato e o gato das travessas e calçadas deste país, e não há maneira alguma de se livrarem da má fama.
Bom seria que Mikhail Aleksandrovitch Bakunine tivesse razão quando afirmava que as energias deviam ser concentradas na destruição das coisas e não das pessoas. Talvez os presídios deixassem de fazer sentido.

(já não bebo mais nada hoje)

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Jardim suspenso

Não se trata de um qualquer da Babilónia. Nem sequer será piada a Alberto João que, temos a certeza, se daria muito bem por cá. É apenas um reflectir sobre o que nos vai passando pela cabeça quando poisamos a vista no jardim à nossa frente. E nada melhor que lendo mais um testemunho passado debaixo da cela por um gajo com quem me vou cruzando por aqui.


“Quando estamos amargurados e sombrios, este aglomerado de verde e sombra, águas libertas nas fontes e vidas penadas que esvoaçam ao sabor do vento, têm o poder de dissuadir pensamentos negativos. Revejo-me constantemente no significado do seu primeiro baptismo: o Parque da Liberdade. E pergunto-me porque teria o meu destino ser assim.

Duma área do pátio onde se reúnem os nostálgicos, podemos ver as torres e alguns arbustos onde se ouvem cantos ao raiar desta manhã. Misturado com o perfume das flores de todos os cantos do mundo que se olham nos limites da Estufa-Fria, entranha-se na alma a luminosidade desta Lisboa. Com Tejo e tudo à flor da pele, terá decerto dito algum fadista.

As folhas que o tempo ventoso e frio arrasta pelo chão fazem recordar meu pai. O som estridente das aves exóticas lembra mais a minha mãe. Depois, olhamos em volta ao que nos cerca e caímos na real. E fugir é palavra-chave.
Para onde é que não sei. Talvez seja só o pensamento que me leva aonde ainda não fui: um céu que tenha o jardim suspenso como este aqui.”

Danilo”Brazuca” Pais, pena máxima esperando redução.


terça-feira, janeiro 23, 2007

Os pontos nos is



Para além da curiosidade relativa à nossa participação nesta coisa dos blogues, está a gerar-se um súbito interesse jornalístico sobre como é que a gente faz para andar aqui. É muito simples.
Primeiro; está-nos vedado o reconhecimento público (uma das cláusulas do “acordo” feito com o Dr. A. P. e C.) por questões de segurança e outras, a qualquer órgão de comunicação social. Segundo; aquando do pedido de interesse da jornalista Sónia Lamy, do gratuito Metro, fizemos sempre questão de não ser divulgado o nosso site e nunca imaginávamos que o nome e o título figurassem na peça. Por ingenuidade nossa, respondemos mais que do que devíamos e a entrevista foi aquilo que se viu. O Google fez o resto, e faltou-nos um bocadinho assim para o blogue ir desta p’ra melhor.

Depois de termos rejeitado as informações pretendidas pelo Expresso e pelo Público, agora é o Tal & Qual que nos remete nova tentativa. Respeitámos sempre, com a delicadeza possível, o trabalho de quem escreve e informa. Pedimos que nos tratem da mesma forma para que o projecto continue numa boa e não nos possam condenar a escrever as nossas mágoas e infortúnios apenas no Jornal de parede que só nós lemos.

Portanto, e mais uma vez, sugerimos que se se pretende divulgar o que se passa nas prisões portuguesas façam como Peter Schulthess. E porquê? Porque se trata de uma experiência-piloto, explicado na nossa primeira edição, que convém ser salvaguardada para que possamos continuar a ter a oportunidade de aprendermos mais e melhor a reintegrar-nos.
E mesmo que seja apenas e só virtualmente, já é um bom começo.


Esperando a melhor compreensão me subscrevo,

Sabia que...



dois estabelecimentos prisionais são dirigidos por mulheres?
Ah, pois é!

Otília da Costa e Joana Patuleia, duas mulheres de armas segundo se consta, têm a seu cargo os Estabelecimentos Prisionais de Caxias e Alcoentre, respectivamente. Da primeira pouco ou nada sabemos. Já da segunda, descobrimos uma entrevista dada n’O Mirante online.
Ora leia…(link)

domingo, janeiro 21, 2007

Será do Guaraná?




Contraproducente com o que editámos no sábado (texto abaixo), e totalmente desfasado da sentença proferida no caso “Esmeralda”, o sub-mundo do futebol mexe-se com mais à-vontade ao domingo. Precisamente quando o Poder Jurídico vai a banhos ou p’ra neve.

A SICNotícias informou esta manhã que um despacho da Procuradoria-Geral da República, que consta do segredo de justiça, está disponível na Internet (entretanto já retirado) onde estão envolvidos os tubarões do pontapé na xincha. Reservam-se, dizem eles, o direito de não divulgarem o site – que por acaso é nosso convidado esta semana - para não colaborarem em blá-blá-blá e não sei quê.

Mais uma vez, esta Justiça que temos está a ser parva. Por mais uma vez, o IV Poder não consegue ir ao fundo da questão. Não que o despacho seja, literalmente, uma bomba. Saber em forma de escrita o que toda a gente sabe na rua não é propriamente uma quebra de sigilo. O cerne da questão pode prender-se é como estas coisas acontecem?

Ou ninguém se apercebe que a característica sociedade portuguesa está minada? Desde há muito tempo, digo eu. Mas somos nós que estamos presos, e isso é ponto assente. Será do Guaraná?

Bom domingo!

sábado, janeiro 20, 2007

É a Justiça, estúpida!



Por questões que nos prendem com rumos de vida distintos, como se deve perceber, no Palacete quase ninguém gosta de militares. Nem de polícias, pedófilos e outros filhos da puta que maltratam crianças.
Estamos a abrir uma excepção ao 1.º Sargento Luís Gomes e vamos enviar uma carta ao director do Presídio Militar de Tomar, outra ao Tribunal de Torres Novas, e outra ainda à Procuradoria-Geral da República e a cópia ao Supremo Tribunal de Justiça.

Sabemos de antemão que as missivas irão parar no caixote do lixo. Provavelmente antes de serem abertas, porque o remetente vai trair-nos. No entanto, no blogue, fica mais difícil calar o pensamento menos bom que fazemos do colectivo de juízes como aquele que julgou o caso de Isabel. Ou Esmeralda. Ou, ainda, Ana Filipa.
Um grupo de reclusos mais maduros, no “Tribunal de Presídio” da Ala F, já condenou Fernanda Ventura, a juiz-presidente, por excesso de zelo em leis que não fazem sentido. Presta-se a deliberar sobre o (ainda) silêncio de Maria José Morgado, e de todos aqueles gajos que ganham cinco mil euros por mês a dar palpites e opiniões e que apenas mexem o cu e a pena para debitarem os créditos. Resta-nos a esperança que uma "outra" sociedade civil escreva direito por linhas tortas.

Por isso, subscrevemos o que diz Ferreira Fernandes, jornalista do Record: “A Justiça é cega, mas não precisa de ser estúpida!”

adenda - (Mesmo que o Acórdão se insinue como legalidade jurídica.)

Fonte: Respirar o Mesmo Ar. (convenientemente linkado n'A nossa selecção)

terça-feira, janeiro 16, 2007



“No sistema inquisitório, assim como no acusatório, como não poderia deixar de ser, o interrogatório é um meio de prova.”
Aline Iacovelo El Debs, advogada em Ribeirão Preto (SP)


“Ora eu queria perguntar quem foi o filho da puta que nos fodeu o blogue?”
Tição (um black com dois metros e mais de 120 kg), condenado a muitos anos


É verdade! Fomos pirateados. Mas com todo o efeito que uma coisa destas acarreta, para além de ficarmos a saber que nem na prisa um gajo está seguro, aprendemos mais umas merdas sobre como funcionam os blogues. E é bom lembrar que no meio desta treta toda, tivemos a preciosa ajuda externa do Eduardo, amigo nosso, que até tem uma oficina de blogues (rs), mas que rejeita que lhe façamos a referência que achávamos mais justa.

Entretanto, o mais difícil já está feito: acalmar o calmeirão. Depois é apenas uma questão de trabalho e paciência para colocar tudo no sítio como estava no original (mais ou menos, claro). Vai levar tempo, mas isso é o que mais temos por aqui.

De qualquer modo, continuamos a dar umas voltinhas aos bloggers que acompanhamos mais de perto e a continuar a agradecer o feed-back.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Quando os lobos uivam



"A noite ausenta-nos mas protege.
Fica escuro e frio para vermos as coisas às claras. Dá-nos o ânimo que não temos durante as horas e dias pardos que afligem qualquer tipo que se queira pirar daqui. Apetece por vezes matar só por querer. Ou estrebuchar por não saber viver como eles querem. Tentar sozinho aquilo que só os lobos perseguidos sabem fazer."

"Alcântara", 19 anos, que não encaixa a pena que levou.



Isto dos blogues é muito giro, muito proveitoso por vezes, mas traduz também um estado de espírito de quem está sentado em frente a um ecrã que não diz nada.
Apenas se nota o fecho ou abertura da alma de quem escreve. Ou de quem lê, e não tem coragem de fugir do teclado. Afinal, é uma mera chamada de atenção. Uma voz. Um grito de alerta para alguma coisa que não está a correr bem e acende como um semáforo. “Está vermelho!”... tem calma. “Verde?”, pode passar. Mas entretanto faltam cores aos alertas que ninguém vê. Sinais sonoros que ninguém ouve. E as putas das passadeiras são sempre listradas em cal que ainda por cima é sempre branca.

De quem sabemos serem mediáticos é mais simples percebermos. Dão-nos a visão daquilo que os seus olhos distraídos relatam aos dias seguidos que contamos. O invés da questão é daqueles de quem desconhecemos o paradeiro, o poiso, o púlpito de onde nos querem dizer coisas. Aí, a coisa soa mais íntima. Personalizada por vezes.

Sucede aqui a mesma cena. As feridas de doenças que todos temos. Frustrações e desvios que a folha de ordenado de magistrados e defensores oficiosos não comprovam. Descontos que a solitária não compensa ou reembolsa. Tragédias pessoais que não cabem nos parágrafos que se escrevem por aqui. No entanto, consigo ver dor e amargura numa população que está votada ao ostracismo. Consigo ver raiva e revolta em cada esquina do Palacete que já era. Tento perceber o que nos move e movimenta: quase nada.

Isto de se estar preso é fodido. Mas o que mais atormenta é não saber se estar liberto será melhor.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Atrás das costas



"Sei que pareço um ladrão... /mas há muitos que eu conheço /que, sem parecer o que são, /são aquilo que eu pareço.

António Aleixo



Por muito que se possa pensar que somos burros, ainda assim, temos consciência de que não só está preso quem merece. Provável será julgar que o que vai a seguir é uma raiva incontida contra quem está aí por fora. Nada disso. Não é essa a intenção ou revolta, porque ainda estamos muito apegados à fórmula do desenrascanço nacional e, por vezes, até admiramos os grandes golpes e a inteligência elaborada com que se fazem grandes trabalhos.

Tendo a facilidade que nos foi dada nesta liberdade virtual, é fácil constatar crimes impunes que se cometem às claras e que ninguém parece poder evitar e/ou condenar. Mesmo que os não possamos comentar por razões de segurança. Ou nem sequer poder escrever sobre painéis visíveis como os processos Casa Pia, Apito Dourado, Fundos, fungos, Fundações e o diabo a sete. Muito menos a estes outros que, ou muito me engano, ou vai dar merda. Mas trato é trato e a gente cumpre.

Só que por exemplo, de cada gajo da Ala F que deu um tiro nos cornos num tipo que estava na hora errada e no lugar errado, existem cem que estão no lugar e sítio certos, e fazem muito pior. Por cada companheiro economista da Ala C, que desfalcou uns milhares valentes em seu próprio benefício, estarão mil a gozar com o pagode que ainda acredita no Pai Natal. Por cada corrupto, assaltante, violador, traficante, chulo, pedófilo ou prostituta, que venham parar aos Estabelecimentos Prisionais deste país pelas participações condenáveis em que se meteram, o observatório exterior pode provar que o número logístico dos que nunca são apanhados, ultrapassam a população reclusa que constam dos números oficias do MJ. E já nem falo de instituições cívicas, estatais, não-governamentais, e tantos outros sectores contaminados de suspeitas.

O mundo visto aqui de dentro pode revoltar-nos. O estar independente (leia-se fechados) pode fazer com que nos sintamos injustiçados nas provas de delito que apresentaram a muitos de nós mas que, alegadamente em semelhantes circunstâncias, insuficientes e complacentes no julgamento de outros que se julgam imputáveis. Mas o mundo é mesmo assim. Quando se assume um comportamento de risco, uns pagam e outros ficam a dever.

domingo, janeiro 07, 2007

Ano Novo, vida nova



Quando, por qualquer motivo, as perspectivas se encantam no marulhar dos sonhos que toda a gente tem, costuma dizer-se; ano novo, vida nova. Sem as maiúsculas que estorvam o motivo.
Mas para muitos dos inquilinos do Palacete nunca o será. A realidade assim o dita. No entanto, para alguns outros, existe o secreto anseio de que a vida mude. Que o ano troque os passos ao destino. Que se abram portas e janelas e floresçam cravos e sardinheiras nas varandas, como diria qualquer poeta que preze a liberdade em qualquer tertúlia.

Olhando bem de frente para todos estes gajos, que estimo e respeito, pressinto (e já uma vez aqui o disse) no olhar de muitos deles um querer andar p’ra trás. Parar a máquina do tempo em determinada altura da sua própria vida. Mas não o dizem, e nem sequer admitem que outros olhos vejam aquilo que todos eles querem esconder. Apercebi-me disso nos ortodoxos. Nos ucranianos. Naquela malta daqueles sítios e em mais gente que cortava um braço para poder voltar a ser menino.

O mel e o trigo no Natal destes companheiros de celas idênticas, são os brasões da cultura deles. O significado dos doze pratos é, muito naturalmente, também o nosso, E enquanto eles com alho tentam afastar as coisas más, outros o fazem com o terço ou crucifixo. É só uma questão de trocar Oktiabrsk por Leiria. Natalia Vaskovska por Maria Albertina. Afinal, estamos todos no mesmo barco. E o que senti é que temos que ter esperança que os ventos e as correntes nos levem a porto seguro quando lhes desejei, antes de me deitar, Veseloho Vam Rizdva.